terça-feira, 5 de junho de 2012

Wicked Lovely: Frágil eternidade - Melissa Marr

SINOPSE: Seth quer ficar com Aislinn para sempre. Mas a eternidade ganha um novo significado quando a nossa namorada é uma rainha das fadas imortal...
O Rei do Verão tornou Aislinn imortal para fazer dela monarca e agora ela enfrenta desafios e tentações muito para além do que alguma vez imaginara. No terceiro livro desta hipnotizante saga do Mundo das Fadas, Seth e Aislinn lutam para se manterem fiéis a si próprios e um ao outro. Num ambiente de regras obscuras e fidelidades voláteis, onde os velhos amigos se tornam novos inimigos, um passo em falso pode fazer com que a Terra mergulhe no caos.
OPINIÃO: Terceiro livro da coleção e a fasquia não podia estar mais elevada.
Depois de nos terem sido apresentadas três cortes (Verão, Inverno e Trevas), eis que surge a corte Suprema, com a sua magnificência, governada por Sorcha. 
Sorcha representa a justiça, em oposição à sua irmã, Bananach, e, apesar daquilo que representa, a rainha Suprema pode ser tremendamente imprevisível; afinal a noção de justiça pode variar. Esta corte prepara-se para receber uma visita, que irá revolucionar a estabilidade aparente das outras três.

Enquanto isso, Keenan faz de tudo para conquistar a sua rainha, que continua apaixonada por Seth. O humano ganha forças e está disposto a lutar por Ash, nem que para isso tenha de tomar decisões drásticas, que alterarão para sempre o seu futuro.

Na corte de Inverno, a frieza penetra nos seus habitantes, que tomam atitudes inesperadas, alcançando novamente a postura que costumava caracterizar esta corte.

Niall é o novo rei das trevas. A sua alma está partida com a negação de Leslie e o cargo ingrato que Irial lhe deixou. A sua maior preocupação é controlar Bananach, que, de dia para dia, está mais sedenta de violência, de guerra.

Bananach é a melhor personagem desta coleção. A dureza atribuída à fada das trevas, a sua confiança e loucura, tornam os momentos, em que aparece, carregados de tensão. Possui uma astúcia e uma crueldade difícil de encontrar em muitos vilões.

Tive pena de Irial não ter feito parte deste volume. O antigo rei das trevas possui um carisma a que nenhum outro personagem masculino consegue igualar. No entanto, Marr insere um conto no final, dedicado aos três protagonistas do volume anterior. Devo dizer que adorei o conto e que espero ver mais deles nos restantes dois volumes.

Marr escreve com fluidez e, quando damos conta, o livro é lido com uma rapidez estonteante. Os diálogos são fabulosamente bem organizados e pertinentes, conjugando os gestos do corpo com as falas. A naturalidade das personalidades das personagens atribui-lhes uma toque quase palpável.

Uma mais valia é a ligação do enredo de livro para livro. Marr não pretende encher páginas e escrever vinte livros, há uma história a ser contada e sei que terminará no 5º volume; não se arriscando a prejudicar a sua criação com informação a mais, como tem sido hábito de muitas/os autoras/es de fantasia.



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